Neste domingo, às 16h, o Arruda vai estar tomado de tricolores e rubro-negros que vão assistir, em peso, a mais um Clássico das Multidões da história do Campeonato Pernambucano. Mas não seria estranho falar que eles estarão lá para lotar o estádio para ver o “Clássico da Pressão”. A denominação é simples e baseada no histórico recente de Santa Cruz e Sport na competição. O time coral, por exemplo, fez uma largada sensacional, venceu seis jogos seguidos e chegou à ponta da tabela, com folga, até esbarrar no Náutico, nos Aflitos, quando acabou derrotado por 3x1. Perdeu-se em campo, alguns dos seus principais jogadores se descontrolaram, a liderança passou para as mãos do Central e, na rodada passada, o técnico Zé Teodoro colocou o time diante do Porto sem cinco dos seus principais titulares.
Resultado: derrota para o Gavião do Agreste por 2x1, no Lacerdão, justamente às vésperas do primeiro duelo do ano com o velho rival. Portanto, a pressão sobre o Santa Cruz, segundo colocado, com 18 pontos, é para que ele mostre que o seu início avassalador não passou de um mero “fogo de palha” vermelho, preto e branco. Isso sem falar que a distância para o próprio adversário, que está em quinto lugar, já foi de dez pontos. Agora ela é de apenas quatro e, se perder a partida, o Tricolor poderá, além de ver o Leão na sua cola, ser ultrapassado por Náutico e Porto, que estarão em ação também nesta nona rodada. Ou seja, a “gordura” adquirida com as seis vitórias seguidas no início já não é tão grande e o comandante coral sabe muito bem disso: “Procurei conversar com os atletas para passar tranquilidade, pois estes dois resultados negativos não podem abalar a nossa confiança. Vamos ter a nossa base de volta no clássico, jogamos em casa e podemos sim vencer o Sport”.
Do lado do Sport, a pressão não é menor do que a da equipe coral, mesmo com as vitórias seguidas, de virada, sobre o Tricolor das Tabocas, na sétima rodada, com um gol do goleiro Saulo, e sobre a Patativa, na última quinta-feira, na Ilha do Retiro. Isso porque, a expectativa era de que, com a base mantida, o Rubro-negro, que também manteve o técnico Geninho em seu comando desde a Série B, ano passado, não sofresse tanto para entrar no G4 (seleto grupo que disputará duas vagas no final do Estadual). Mas não foi isso que aconteceu. Cambaleante, os seis pontos conquistados nas últimas rodadas só serviram para que o “barrigudinho” e carismático comandante leonino conseguisse atravessar a “corda bamba” com certa segurança até este confronto com o Santa Cruz.
Mas o feito, porém, ainda está longe de encobrir pífias atuações da equipe diante de times como Cabense, Petrolina e Araripina e, em caso de derrota no Clássico das Multidões, o caldeirão vai voltar a ferver na Ilha. Ciente da responsabilidade, o próprio Geninho afirmou que a meta do Sport era fazer nove pontos nesta semana. Seis já foram conquistados e, se mais três forem somados, no Arruda, a calmaria estará de volta ao clube, mesmo se o time não conseguir figurar entre quatro melhores do Pernambucano, ao final desta rodada. Portanto, neste Clássico das Multidões: “É cada um com os seus problemas”.
Fonte: Folha de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário