O Salgueiro ganhou o primeiro embate jurídico em relação ao caso da falta de energia no estádio Cornélio de Barros no jogo em que recebeu a Cabense, pela primeira rodada do Campeonato Pernambucano. Em reunião realizada ontem, pela Segunda Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva, TJD, a procuradoria retirou a acusação quanto a culpabilidade do Carcará e votou a favor de arquivar o processo, sendo acompanhado pelos demais auditores do Tribunal.
O Salgueiro foi denunciado no artigo 203 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, CBJD, (...) “dar causa a não realização da partida ou à sua suspensão. “O Salgueiro nunca teve culpa. Felizmente ficou caracterizado que foi um acidente”, declarou o presidente de honra do time sertanejo, Clebel Cordeiro, que compareceu à sessão ao lado do advogado do clube.
A decisão da comissão foi baseada na explanação e nas provas apresentadas pelo advogado da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho. “A Federação, depois de analisar os laudos da perícia, concluiu que não houve dolo do Salgueiro. Até porque o sistema do estádio não permite que apenas alguns holofotes sejam desligados, mas sim todas as luzes das torres de iluminação. O que houve foi uma sobrecarga que ocasionou o problema, ou seja, um caso fortuito”, explicou Evandro Carvalho.
Por sua vez, a Cabense viu com estranheza a decisão do TJD. “Uma decisão dessa abre um precedente, uma vez que a Celpe informou que o problema foi apenas no estádio Cornélio de Barros”, afirmou o diretor-financeiro do Azulão, Paulino Valério.
O novo capítulo dessa batalha extracampo é hoje, quando o Pleno do TJD vai se reunir, às 19h, quando estão intimados a FPF e a Cabense. No entanto, a tendência é que o julgamento desse caso seja retirado da pauta. Isso porque a Cabense entrou com um mandado de garantia no TJD na última quinta-feira, contra a ação da Federação, que deliberou W.O. a favor do Salgueiro. Como não houve tempo hábil para o Tribunal se pronunciar, a tendência é que o Pleno adie o processo, já que também há uma representação da FPF contra o Azulão.
A Cabense vencia o Salgueiro por 1x0, quando aos 29 do primeiro tempo, houve uma queda de energia no estádio Cornélio de Barros. Como não houve condições de recomeçar o jogo, a FPF seguiu o regulamento e marcou um novo jogo (começando em 0x0) no dia seguinte. Baseado em um dos artigos das normas especiais do certame, que diz que o mandante perde o jogo se der causa à suspensão da partida, a Cabense não compareceu ao estádio. A FPF, entretanto, confirmou o W.O. a favor do Salgueiro.
Fonte: Jornal do Commercio
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